ele era o cara.
um mendigo estaile, que ficava num banco na sombra [que malandro heim!], tinha dois cachorros, e uma garrafa que ficava dentro de um saco de pão. Bom, Pépe vivia feliz, principalmente depois que na frente do banco dele colocaram um opala branco lindão, e ele ficava admirando aquela belezura de carro. E a vida seguia boa, com as pingas de cada dia, às vezes ele se via falando com seus amigos [creio que imaginários]: o Timóteo, o Alastor, e o Jurandir. E a vida seguia. Quando chovia, ele abria um guarda chuva velho de oncinha pra se proteger [garoto esperto!], e ficava sentado no seu banco. Até que um belo dia, numa briga com uns malacos do bairro [aqueles fdp!!], ele acabou levando umas facadas e não resistiu.
Pépe morreu de facada. Mais morreu feliz, sua vida tinha sentido.
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