Novamente, ela dentro daquele quarto, mais agora sentindo-se um verdadeiro musgo por não saber como lidar com situaçãoes que nem são fora do comum, só que funcionam de maneiras fora do comum, sem necessariamente ter a ordem de começo, meio e fim. As paredes ecoam os berros. A porta vibra com a intensidade das notas. Numa melodia totalmente medíocre, e sem ritmo, cadência ou harmonia. E o teto branco permanece escuro.
Aquilo simplesmente não era problema dela, a intromissão seria inadimissível mesmo que fosse extremamente tentadora. Tentou pensar em como seria vista a sua vida se analizada por um dia, e chegou à conclusão que às segundas feiras seria fútil, nas terças e quintas seria divertida, na quarta seria bucólica e nos finais de semana seria boa. Simplismente boa. Daí que vem a conclusão de que não é hora de morrer. Não ainda. Mas se, aos quarenta anos se visse como uma executiva gorda ,sem prazeres na vida e mal amada, se mataria, mesmo que fosse contra a ordem harmoniosa do mundo. Mesmo que fosse contra a sua própria vontade.
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