26.5.06

Primeiras estórias.

Seu cansaço cedeu lugar ao sentimento de calma e paz que vinha daquela música no rádio. Tirou o pé do acelerador, e ouviu a música até o final. Enquanto a música tocava, lembrou-se de quando estava no começo de sua adolescência, e que sempre queria ter um carro, pra dirigir freneticamente como os velhos loucos, ou os americanos. Mas naquele momento, a última coisa que queria era estar dirigindo. Dirigir desconcentra, e a música estava na cabeça, prestes à entrar no coração dela.
Mas ela precisava dirigir. Tinha que chegar em algum lugar, e irritou-se com isso. A mania do ser humano de sempre ter que “chegar em algum lugar”, sempre estar subindo; indo, sem parar, buscando o além. Além de onde? Aonde é o além? Ela pensou rapidamente nisso, mais sabia que se irritaria, já que queria sentir a música. Sentiu um calafrio que vem do começo da coluna, e se espalha pelo corpo, assim como o sentimento. Então decidiu-se: a música seria sua guia por esta rua, até o final.

que música era? Qualquer uma do Jethro Tull.

Continua.

Nenhum comentário: