16.1.09

Deu Branco.

Estou em cima do muro. Em cima de um muro com caquinhos de vidro (de garrafa de cerveja quebrada) que foram colocados minuciosamente por algum objetivo. Não sei pra que lado ir, ambos contém a mesma distância, e dão num mesmo lugar.

Pelo menos é isso o que eu acho. Nunca conseguimos prever o final, e se conseguíssemos a vida não teria a graça de seus acontecimentos e surpresas, fatais ou não, e não saberíamos o objetivo de viver, já que a morte é a primeira coisa prevista por quem entra neste planeta.

Pra quê arrumar o quarto se ele ficará sujo e desarrumado depois, de novo, né?

Não gostaria de estar nessa situação. Mas também, não é caso de vida ou morte, pois sempre tem algum chinês em estado pior que eu, e reclamando menos. Mas que eu gostaria de estar sentada, melhor, deitada no sofá fazendo nada, isso sim.


E também, se eu estivesse no sofá, sentada ou deitada, estaria reclamando que gostaria de estar fazendo alguma coisa.


E estar em cima do muro é alguma coisa, mas não é alguma coisa que se faça. É alguma conseqüência de ação (ou da falta dela, com certeza), ou a falta de algum instinto que só os bravos e fortes (mentalmente) possuem, e que não se encaixa dentro de mim de maneira alguma. Eles (os bravos) sabem evitar isso, ou sabem ignorar a ponto de não interferir em nada, em ninguém, nunca.


E eu sei que quase todo mundo é assim.
Parabéns a todos, então!

Nenhum comentário: